Warren Bennis observa que os verdadeiros líderes não nascem feitos, são desenvolvidos, “geralmente autodesenvolvidos”, reforça ele. Isso quer dizer que um profissional pode ser estimulado para o trabalho, mas só se tornará um verdadeiro líder por esforço próprio. Num enfoque bastante objetivo, a liderança se desenvolve em três componentes:
1. Componente Visionário: construindo e compartilhando uma Visão de Futuro;
2. Componente Transformador: tornando presente a visão de futuro;
3. Componente Sustentador: agindo com coerência e paixão.
Nesse sentido, o líder precisa ter visão direcionada, paixão, integridade, curiosidade e ousadia. Precisa ter uma ideia clara do que fazer – Visão de Futuro – profissional e pessoalmente e energia para superar situações adversas. Precisa ter capacidade de viabilizar essa Visão de Futuro com o apoio da sua “comunidade” – é esse o segredo da visão direcionada. Se ele não sabe para onde está indo (daí, profissionalmente, a necessidade de conhecer a Visão de Futuro, a Missão e as Crenças da organização), nem o porquê de estar seguindo nessa direção, provavelmente não conseguirá atingir qualquer objetivo.
Ele tem uma paixão desmesurada pelas promessas da vida, combinada por uma paixão pela sua profissão, por sua ação. O líder que comunica paixão fornece esperança e inspiração para outras pessoas.
Já a integridade do líder passa por duas características próprias: seu autoconhecimento e nível de maturidade. O líder, por exemplo, nunca mente para si mesmo, reconhecendo seus defeitos bem como suas qualidades, o que demonstra seu grau de maturidade.
Por fim, curiosidade e ousadia são outros dois requisitos necessários ao líder na concretização da Visão de Futuro. O líder quer inovar, experimentar, correr riscos. Ele não se intimida com falhas: aceita os erros sabendo que irá aprender com eles. A verdadeira sabedoria do líder está em tirar lições das adversidades.
Existem outros aspectos importantes que complementam esta dimensão: entre eles, a criatividade oportuna, a intuição, o bom senso, o controle emocional (especialmente em situações de incertezas) a postura positiva diante de situações adversas, a mentalidade aberta e as crenças e valores voltados para a construção de novas realidades.
Licenciado em Física, Bacharel em Biblioteconomia, Bacharel em Direito e com créditos para Mestrado em Física pela USP com especialização na Universidade de Washington – Seatle-USA. Especialização em Tecnologia da Educação na USP e Marketing de Serviços no Insead – Fontainebleau – França. Foi professor da Universidade de São Paulo, Universidade Federal São Carlos e Universidade de Mogi das Cruzes. Mais de 40 anos de experiência como consultor de empresas nas áreas de visão / planejamento estratégico, desenvolvimento de lideranças, realinhamento de cultura organizacional, desenvolvimento organizacional, gestão de pessoas, gestão do conhecimento e desenvolvimento de programas multimídia para educação.
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